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Monday 5 December 2016

Wednesday 23 November 2016

Edição Fotográfica-Mãos de Axé

                                                                                       Por Pai Eric de Oxalá

Wednesday 2 November 2016

O ILÊ BABÁ OMI. Gestão Pai Eric de Oxalá

O Ilè Alaketú Babá Omì tem sua sede em Guarulhos e tem por função primordial manter a tradição do culto aos deuses advindos do continente africano ao Brasil, onde iniciou-se a religião “Candomblé”. 
Mantemos o respeito à nossa ancestralidade e aos legados sacros da liturgia afro-brasileira.
Louvamos as forças da Natureza criada por Deus. O ar, a terra, o fogo e a água em suas formas divinizadas , os Orixás,e a sua energia propagada, o axé.
Nossa casa preserva os ritos da culinária sacralizada , danças rituais, cânticos e costumes , além de mantermos um acervo de arte bahiana, retratando o candomblé e suas riquezas por via de esculturas entalhadas em pau-brasil ,telas e barros de origem soteropolitana.
O Ilè Alaketú Babá Omi louva a resistência milenar dos deuses africanos que aqui no Brasil encontrou e encontra barreiras de sobrevivência, e além e por tudo, eu como sacerdote, jamais deixarei o nome do Candomblé cair, visto que é minha alma e minha carne impressa numa manifestação sócio-cultural.
Nosso axé tem um pacto sim , mas com a paz, com a boa vontade, com o progresso e com os valores nobres , abominamos a inveja e tudo aquilo que advém da frustração e do senso transgressor que gera apenas a guerra entre os homens.
A maior oferenda aos deuses é nossa consciência pacífica, honesta, branda e exata de que temos aquilo que nos é merecido, a fé é essa... é acreditar na paz, nas diferenças, no tempo do inicio e do final, acreditar que não existe amor maior que a liberdade, tudo o que é preso é infeliz , triste e seco. 
Orisá é paz, é o vento da vida , se for falso não será chamado de orisá , será chamado de Cabeça Maldosa.

“Que as boas águas tragam bênçãos, que a terra gere fertilidade, que a benevolência olhe pelas suas crias, que o vento afague os corações dos maldosos e que o Alá Sacro de Osalá sempre seja respeitado, pois, aquele que afronta o sagrado pano alvo não nasceu para ser de orisá, nasceu sim para viver mas viver morto no seu espírito”

                                                                                                                                              Pai Eric de Oxalá



The Ilè Alaketú Babá Omì has its headquarters in Guarulhos and has for primordial function to keep the tradition of the happened cult to deuses of the African continent to Brazil, where it was initiated religion “Candomblé”. 
We keep the respect to our ancestry and the sacros legacies of the liturgy afro-Brazilian.
We praise the forces of the Nature created for God. Air, the land, the fire and the water in its divinizadas forms, the Orixás, and its propagated energy, axé.
Our house preserves the ritual, cânticos rites of the sacralizada culinária, dances and customs, beyond keeping a quantity of bahiana art, portraying candomblé and its wealth for way of grooving sculptures in wood-Brazil, screens and barros of soteropolitana origin.
The Ilè Alaketú Babá Omì commends the strength of ancient African gods that here in Brazil is found and barriers to survival, and beyond and for all, I as a priest, never leave the name of Candomble fall, since it is my soul and my flesh printed a socio-cultural event. 
Our axé has a pact, but with peace, with goodwill, with progress and with the noble values, abominamos the jealousy and everything that comes from the frustration and sense of transgressing that generates only the war between men. 
Most offerings to the gods our conscience is peaceful, honest, soft and accurate that we have what we deserve it, the faith that is ... is believing in peace, the differences in time from the beginning and the end, believe that there is no greater love that freedom, everything that is arrested is unfortunate, sad and dry. 
Orisá is peace, is the wind of life, if not false orisá will be called, will be named head of Maldosa. 
"Let the waters bring good blessings, which manages the land fertility, that the benevolence look for their offspring, that the wind afague the hearts of the bad and that the Holy of Allah Osalá always be respected, therefore, that insult the sacred cloth target was not born to be orisá, was born to live but rather living dead in spirit "

Ipeté de Oxum na casa de Pai Eric de Oxalá.

O Ipeté de Oxum. Uma abordagem na casa de Pai Eric de Oxalá. Por Pai André de Ogùn. 

Edição Fotográfica-Mãos de Axé. Por Pai Eric de Oxalá


Saturday 29 October 2016

O "chamado" para a iniciação no Candomble'. Por Pai Eric de Oxalá

Filmagem que aborda aspectos referentes ao ato da feitura de orixa' no candomble' sob a ótica sacerdotal de Pai Eric de Oxalá.

Vinheta de abertura da primeira fase da edição de videos Eric de Oxalá no YouTube.

Vinheta com trecho da cantiga"Sino da Igrejinha" em violão,homenageando Seu  Tranca-rua, Exú de fé de Pai Eric de Oxalá fazendo a abertura da primeira fase duma sequencia de gravações em video,feitas pelo babalorisà do Ile Babá Omi.

Pai Vivaldo de Logun-Edé.Tributo

Hoje, eu,Pai Eric de Oxalá publico um texto de Rudy Pereira,em honra ao nome do Agbá e baluarte da tradição do candomblé,Vivaldo de Logun-Edé,sacerdote que exaltou o nome do Orisá na Baixada Santista-SP.

Conhecido como o Babalorixá Vivaldo de Logun-Ede (Odé Ikutie – O Caçador que não teme a morte)
Nascido em 29 de Março de 1934 na cidade de Salvador, próximo ao Pelourinho, filho de Dna. Domingas Beata Carvalho e Ricardo Pires de Carvalho.
Seu nascimento também marcou o dia de falecimento de seu pai, com o resguardo de luto pelos próximos 10 anos de sua vida, com grande sacrifício para sua criação e de seu irmão primogênito Edvaldo. Entretanto, para Vivaldo seu pai não havia falecido porque sempre o via entrando em sua casa e indo para o seu quarto. Com isso, sua mãe começou a leva-lo aos Centros Espiritas.
Vivaldo era um garoto levado e vivia na rua, procurando ser sempre o centro das atenções e sem que a sua mãe soubesse, começou a frequentar as Casas de Candomblés o que o deixou fascinado com os toques dos atabaques, frequentando a Casa de Oxumare, a Casa Branca no Engenho Velho e posteriormente o Gantois, Opó Afonjá e o Terreiro de Bógun. Época essa em que o Candomblé era religião de negros e perseguidos pela polícia.
Vivaldo não imaginava estar vivendo o início da história das primeiras e tradicionais casas de Candomblé do Brasil.
Em sua história Vivaldo sempre esteve ligado ao mundo sobrenatural, o que era notório perceberem que os Orixás estavam cada vez mais próximos.
Aos 16 anos de idade, Salvador já se tornará uma cidade pequena indo sempre visitar a chegada de turistas em sua região. Um belo dia avistou um “negrão”, acreditando ser um norte-americano. Tal homem, aproximou-se de Vivaldo dizendo que finalmente havia encontrado um homem bonito naquela cidade. Vivaldo de prontidão respondeu “muito obrigado mas eu já sabia que era bonito porque tenho espelho em casa”. Rindo do abuso do menino, tal homem se apresentou. Era Waldemiro da Costa Pinto, que nesta época, década de 50, já morava no Rio de Janeiro.
Posteriormente Vivaldo deixou sua cidade e vou tentar sua vida no Rio de Janeiro. Através de um policial, no Rio de Janeiro, que o levou a casa do Pai Waldemiro, conhecido como o “ Baiano”. Com o passar dos anos, Vivaldo torna-se o braço direito de Waldemiro que fora iniciado em 1933 por Pai Cristovão de Ogunjá do Axé Oloroke – Nação Efon, na Bahia.
Acompanhando Pai Waldemiro na casa do Babalorixá Joãosinho da Golmeia, numa festa de Oxum, Vivaldo sentindo o chão se abrir acabou “bolando”, ficando recolhido lá por 45 dias, mas sendo iniciado pelo Pai Waldemiro. Em 24 de Dezembro de 1950, ocorreu sua saída de santo, transformando-se em Vivaldo de Logun-Ede (Ode Ikutie).
Ganhou sua maturidade no Axé convivendo 14 anos com Pai Waldemiro de Xangó. Neste período, já na década de 50 e 60, tanto Vivaldo quanto Waldemiro tornaram-se referência para o Povo de Santo.
Em meados de 1964, Pai Vivaldo partiu para viver em São Paulo com a fé em seu Orixá, morando inicialmente em Pensões e depois na Casa de sua cliente Sra. Elvira. Neste mesmo ano, Pai Vivaldo foi chamado para socorrer uma pessoa, Dona Ivanete, que após 21 dias passou a ser sua primeira filha-de-santo. Neste mesmo ano, abriu seu primeiro barracão na Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo, permanecendo lá pelos próximos 7 anos.
Em 1972, Pai Vivaldo começa suas constantes viagens à Baixada Santista, frequentando festas do Babalorixá Bobo, em Itapema – Guarujá, um dos percussores do culto aos Orixás na região.
Decidido a mudar-se para a Baixada Santista, pediu abrigo ao amigo Alexandre Rodrigues, que atendia próximo a Rodoviária de São Vicente, ficando lá até 1975, onde com fundos dos seus jogos de búzios adquiriu um terreno no Bairro Jardim Rádio Clube, Zona Noroeste de Santos, para fundar o Ile Axé Odé Omi Fon, local onde foram iniciados inúmeros filhos, espalhados por toda Baixada Santista e por todo Estado de São Paulo.
Não há registro de quantos filhos foram iniciados por ele (Pai Vivaldo não gostava do termo “ feito de santo” preferia a expressão “servir ao santo”). Sabe-se que dali, saíram mais de 500 servidores de Orixás.
Todo mês de maio, o Ile Axé Odé Omi Fon, prepara-se para a Grande Festa em louvor do Orixá Logun-Edé, contando com a presença dos maiores Babalorixás, Iyalorixás, Políticos e Artistas.
Pai Vivaldo foi o percursor da Festa de Iemanjá em Santos, no dia 02 de Fevereiro, dentro dos padrões realizados em Salvador/BA, trazendo milhares de fieis e simpatizantes para a Baixada Santista.
“Ao longo dos seus 55 anos como servidor do santo, Pai Vivaldo trazia em seu corpo a força e a magia do Candomblé”
Em 2004, durante a festa de seu Orixá, Pai Vivaldo profetizou sua morte, anunciando como sucessor seu filho Ely de Odé.
Aos 19 de Abril de 2005, Pai Vivaldo foi chamado ao Orum, deixando sua história presente até os dias de hoje, lembrada pelos seus inúmeros filhos, netos e bisnetos.
Em 2006, a escritora e jornalista Claudia Alexandre lança o seu livro “Na Fé de Vivaldo de LogunEdé – Um pouco do Candomblé na Baixada Santista

(Por Rudy Pereira)

Wednesday 18 May 2016

Os atabaques e o Estado Novo de Getulio Vargas


Imagem: Jogo de atabaques\ Ilè Asé Babá Omi;

Por solicitação do Babalorisá Erick T'Osalá ao tema ,que relaciona a Terceira República para com o modelo de visão sócio-politica ao candomblé em aspecto litúrgico,registro aqui o seguido texto.
Raul Lody descreve que “os atabaques sempre foram alvo da polícia baiana e estavam terminantemente proibidos durante o Estado Novo.
 Estado Novo foi o regime político brasileiro fundado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 29 de outubro de 1945. Era caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo. É parte do período da história do Brasil conhecido como Era Vargas.
Em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo em um pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o regime tinha como objetivo "reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país".
Após a Constituição de 1937, Vargas consolidou seu poder. O governo implementava a censura à imprensa e a propaganda era coordenada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Também houve forte repressão ao comunismo, amparada pela "Lei de Segurança Nacional", que impediu movimentos revolucionários, como a Intentona Comunista de 1935, durante todo o período.
 Para tocar os instrumentos, somente na clandestinidade, já que a Delegacia de Jogos e Costumes não costumava dar sopa. Mas um encontro nos bastidores mudaria essa história. Aproveitando uma viagem ao Rio de Janeiro, mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé do Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, usou de sua influência e conseguiu uma audiência com o presidente Getúlio Vargas. Ela só queria cultuar a religião dos seus antepassados e Getúlio não teria como resistir ao pedido legítimo de uma criatura tão doce. O encontro de Aninha com o presidente do Brasil resultaria no Decreto 1.202, que permitiu o uso dos atabaques nos terreiros. O acontecimento é considerado um passo importante para a liberação definitiva do controle policial sobre os candomblés, o que só ocorreu em 1976, no governo de Roberto Santos. Na ocasião, a notícia foi recebida com entusiasmo pelo povo de santo da Bahia, em plena festa da Lavagem do Bonfim.”

Tuesday 17 May 2016

Na homenagem:Pai Djalma de Lalú...Igbaralonan!



 Foto:Escultura e tela a óleo do acervo do Babalorisá Erick T'Osalá- Ilè Babá Omí


Morador do bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro/RJ, Djalma era jongueiro e bom no ponto amarrado. Serviu à Marinha e se tornou cozinheiro da Polícia Militar. Desde novo frequentava o terreiro de Omolokô antigo de Dona Júlia do Caboclo Rompe Mato, onde Exu Lalú começou a se manifestar, segundo o próprio Djalma contava.
Em 1940, Djalma conheceu o Doté Tata Fomutinho (Antonio Pinto de Oliveira) do Kwe Ceja Nassó. No mesmo ano, Fomutinho recolheu Djalma para ser feito de Oxossi, apesar de Exu Lalú já ter anunciado que era o dono do orí de Djalma. Naquela época, havia o tabu de não se raspar Exu na cabeça de ninguém, tanto que no Brasil só havia uma pessoa feita de Exu iniciada pela iyalorixá Maria Neném (Salvador/BA). Mantendo as tradições da época, Fomutinho seguiu recolhendo Djalma para ser feito de Oxossi. Entretanto, no dia da saída, quem proferiu o orunkó foi Lalú: "IGBARALONÃ!".

  Texto: Sabrina Falcão, jornalista * Pesquisa: Nilo Almada.

Monday 16 May 2016

Ilè Babá Omi,de Oyá,Yamonjá e Osun...sempre e por fidelidade à Osalá.



   Imagem:  Sacro Adjá pertencente ao terreiro de Osalá,Asé Babá Omi.

Poesia de Três Rainhas


Vim do alto do Cantuá
Meu senhor
Tenho pena vermelha de Oxum e pilão que me protege.
Na feira das Sete Porteiras, tem em Salvador...
No mercado Modelo, todas as pencas de meu Rei
Tem caju, fubá,meu patuá.
Na lavagem, salve o Bonfim de todas as folhas .

Fui batizado em fevereiro, com Águas, flores e perfumes


Vim do alto do Cantuá

Ô senhor

Clareou o dia nessa cidade

Tem rechiliê, chita, renascença...

Dizem que naquela casa branca...

Com porrão de barro e laço prateado mora um prícipe menino


Mandou rodar acarajé, balançou palmeira e nem vi.

Água no mar, é maré cheia

Vento na minha mente me levou embora desse chão

E pra onde, não sei...

É pra onde, do além-mar, da ilha de maré



Vim do alto do Cantuá, de Barroca...

Ô senhor

Das águas, flores e perfumes

Minha argola de cobre,ganhei dessa senhora

O canto que me encanta te encanta

Quem me olhar na ladeira, há de me afortunar pra sempre


Meu coração é dessa mulher, é dessa esteira trançada

Do barro que me fez

Dessa coroa, real de prata,de ouro em pó

Quem não souber,olhe pra mim, Ô senhor

...sou filho príncipe de três rainhas, sim.

E do alto do Cantuá.

Erick de Oxalá

O INICIADO E O NÃO INICIADO



     Fotografia: Aposento de Orisá no Ilè Babá Omi



"O INICIADO E O NÃO INICIADO NO CANDOMBLÉ...eis a cantiga que responde e não se questiona...

Biri-biri bò won lójú
Ògbèri nko mo Màriwo

Trevas cobrem seus olhos...
O não iniciado não pode conhecer o mistério de Màriwo"

                                          (Babalorisá Erick T'Osalá)